Todos os projetos da escola apresentados na Mostra foram premiados
Na Escola Estadual Padre Alfredo Kobal, no município de Caputira, na Zona da Mata mineira, a pesquisa científica passou a ser rotina entre os alunos. Foi o gosto por fazer perguntas e buscar respostas que rendeu a estudantes da escola várias premiações na “VII Mostra Simonesiense de Trabalhos Científicos (Mosit)”, realizada na última semana, na cidade de Simonésia.
A escola participou da Feira com quatro projetos e todos foram destaque. Na categoria Ensino Fundamental, os estudantes conquistaram o segundo lugar com projeto “Terra e Cor: Tinta Ecológica”. Já na categoria Ensino Médio, a escola faturou o primeiro lugar com o projeto “Diário 51: Prevenção e combate ao suicídio”, o segundo lugar com a iniciativa “Bengala Eletrônica”, e o terceiro lugar com o projeto “Automação Residencial para Deficientes Físicos e Idosos”. Ao todo, 64 projetos de iniciação científica de alunos de escolas públicas e privadas participaram da Mosit.
A vontade de aprender a desenvolver projetos de iniciação científica começou em 2016, quando alunos da escola participaram de uma feira realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “As nossas feiras tinham um aspecto muito cultural. Ano passado desenvolvemos um bom trabalho e participamos da UFMG Jovem, onde ficamos em segundo lugar. Na feira, fizemos contato com um professor que veio até a nossa escola e nos levou a pensar sobre o que é iniciação científica”, conta o diretor da escola, Deneval Ovive Dutra.
Já com o pensamento de como se faz um projeto, foi realizada na escola uma mostra de trabalhos científicos e foi dessa iniciativa que foram escolhidos os projetos que representaram a escola na Mosit. “Planejamos a nossa feira já com um pensamento diferente. Os alunos fizeram trabalhos muito bons. Foram mais de 40 projetos apresentados”, disse Deneval. Sobre o destaque na Mosit, o gestor pontua que é o resultado do trabalho desenvolvido. “Ficamos muito felizes. Acho que é resultado da experiência que adquirimos durante a caminhada. Pensar a iniciação científica de uma forma diferente trouxe esse resultado”, conclui.
Mirella Garcia Dutra é aluna do 7º ano do Ensino Fundamental. Ela integrou o grupo que desenvolveu o projeto “Terra e Cor: Tinta Ecológica” e fala como foi o processo de pesquisa. “Aqui na nossa cidade tem uma variedade muito grande de solo. Para o trabalho, tivemos que sair buscando e pesquisando as variedades de cores que continham em cada um deles. Observamos que tinham três tons que mais predominavam: esbranquiçado, amarelado e o avermelhado”.
Já o grupo de Deivid Sebastian Souza Dornelas conquistou o primeiro lugar da categoria Ensino Médio. Eles criaram um aplicativo que aborda a questão do suicídio e oferece um espaço de discussão entre os jovens. O estudante do 2º ano do Ensino Médio conta como foi participar da Mosit e a importância do projeto. “Foi muito bom participar e acreditamos que no nosso projeto é muito importante. Queremos oferecer empatia em um mundo que oferece diferença”.
Mosit
A Mostra Simonesiense de Trabalhos Científicos (Mosit) tem por objetivo ampliar o gosto pelas Ciências, contribuir para uma formação continuada dos alunos e professores, e manter um fluxo de produção e visitação que fortaleça a divulgação científica no interior do país.
Realizada desde 2011 em Simonésia, na Zona da Mata, a Mosit chegou este ano à sua sétima edição. Desde a primeira edição foram atendidos aproximadamente 28 mil visitantes, em sua maioria docentes e discentes de escolas públicas e privadas da região. O evento é organizado pela ONG Instituto Pagus e tem apoio da Secretaria de Estado de Educação (SEE).