São 20 alunos de escolas de áreas de vulnerabilidade social e com bom aproveitamento na escola regular

Completa um ano, em maio, a parceria entre a Secretaria de Estado de Educação (SEE) e o Consulado Norte-Americano em Minas para a formação em inglês básico, destinado a alunos de áreas de vulnerabilidade social e com bom rendimento na escola regular. Os resultados são muito positivos, segundo Kátia de Laura Borges, analista educacional da SEE.

O projeto é uma parceria entre a SEE, a Assessoria de Relações Internacionais do Governo do Estado, a Representação Consular dos Estados Unidos, em Minas Gerais e a Casa Thomas Jefferson. Foram selecionados alunos das escolas estaduais Professora Maria do Socorro Andrade (bairro Nova Cintra), Professora Nair de Oliveira Santana (Nova Gameleira), e Odilon Behrens (Coração Eucarístico), da Superintendência Regional de Ensino (SRE Metropolitana B), todas situadas em regiões mais próximas da execução das aulas.

A qualidade do curso foi muito elogiada pelos alunos. Foto: Elian Oliveira/ACS-SEE

O curso, com duração de dois anos, acontece no Campus da Gameleira da SEE. A carga horária semanal é de 4h30m, e uma semana a mais durante as férias de julho e de dezembro. Essas duas semanas são dedicadas ao estudo da diversidade cultural, culinária e história dos Estados Unidos da América (EUA).

Os alunos, todos do 2º ano do Ensino Médio, recebem alimentação e espaço físico fornecidos pela SEE. À embaixada cabe estrutura de conteúdo, materiais didáticos, transporte e atividades extraclasse, bem como os custos com o educador. Segundo Kátia, ao se inscreverem,apresentaram declaração da escola de bom aproveitamento, oais e alunos assinaram um termo de compromisso.

De acordo com a professora de inglês, Wayne Segall, “trata-se de um curso básico, que acontece entre março e dezembro, sendo que em duas semanas – uma em julho e outra em dezembro, durante as férias -, praticamos atividades intensivas. Trabalho as quatro habilidades: fala, escuta, escrita e leitura, de forma que o aluno possa aplicar os conhecimentos da língua da forma que achar melhor”.

Segundo Gabriel Gustavo,

Segundo Wayne, há também atividades extraclasse que estimulam o aprendizado e despertam maior interesse. “Levamos os alunos para assistir ao filme ‘Estrelas Além do Tempo’, uma promoção do Consulado, que fala sobre mulheres que romperam barreiras, racial e de gênero, na década de 60, e trouxemos a discussão da temática para a sala de aula. Foi muito bacana”.
Estudante da Escola Estadual Nair de Oliveira Santa, no bairro Cabana, Gabriel Gustavo disse estar gostando muito da experiência. “Assim que soube da possibilidade de bolsa, me inscrevi e acho que acertei. O curso é muito bom e abre novas perspectivas para o mercado de trabalho”.

Para a estudante Laura Suelen Bento, da mesma escola, é uma “excelente oportunidade de aperfeiçoarmos nosso inglês. Com essas aulas aqui, podemos também ajudar nas aulas de inglês oferecidas na nossa escola. Repassamos o que aprendemos aos demais colegas”.

Laura destaca o incentivo das aulas sobre a cultura daquele país. “Tem aula especial na sexta-feira quando pesquisamos datas festivas e cívicas, como são comemoradas, danças regionais, e outros hábitos da população. É muito legal.”
Gabriela Araújo Santos Silva classifica a experiência como “incrível”. “Quando apresentaram o curso fiquei muito interessada. Tenho muita vontade para conhecer outros países e falar inglês aumenta as possibilidades, além de enriquecer nossos currículos”.